As autoridades mexicanas disseram que não estavam envolvidas na operação de quinta-feira nem foram informadas previamente.
No passado, o México queixou-se de não ser informado sobre as atividades da DEA, nomeadamente após a detenção, pelos Estados Unidos, do antigo ministro da Defesa mexicano Salvador Cienfuegos, acusado de tráfico de droga em 2020. O presidente Andres Manuel Lopez Obrador acusou a DEA de fabricar crimes de tráfico de droga contra Cienfuegos e, em resposta, limitou as operações de agentes estrangeiros em solo mexicano.
“As relações já estão muito deterioradas. Não creio que possam ser ainda mais prejudicadas” com as prisões do cartel de Sinaloa, disse à AFP Mike Vigil, chefe aposentado de operações internacionais da DEA. Ele acredita que Washington não informou o México até que Zambada e Guzman Lopez estivessem sob custódia dos EUA para evitar prejudicar a operação.
“Se o México for informado, essa informação pode ser comprometida num minuto”, disse Vigil.